Protocolo estipula normas para o retorno de aulas presenciais em Goiás

22/07/2020 10:00

Protocolo estipula normas para o retorno de aulas presenciais em Goiás

Interrupção aconteceria caso algum estudante ou professor apresentasse sintomas de Covid-19.

Documento aponta várias medidas de prevenção

15/07/2020 - 21:45

Desinfecção de objetos dos estudantes, uso obrigatório de máscaras, aferição da temperatura antes de entrar no transporte escolar, suspensão das aulas quando descobrir algum aluno ou professor com o novo coronavírus. Estas são algumas das normas definidas pelo sistema educativo de Goiás para quando as atividades presenciais retornarem.

O documento com estas regras foi elaborado em conjunto por representantes da Educação municipal, estadual e privada. Ele foi entregue na tarde desta quarta-feira (15) em reunião do Centro de Operações de Emergência (COE) estadual de combate ao novo coronavírus. Um grupo técnico deve analisar o protocolo, que poderá ser aprovado ou alterado na próxima quarta (22).

Na mesma data, será definido se as aulas vão continuar suspensas em agosto ou se serão retomadas. Até o momento, nota técnica da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) suspende as aulas até o dia 31 de julho. Há uma previsão de retorno em agosto, mas que será revista nesta segunda quinzena de julho. As aulas presenciais em Goiás foram interrompidas entre os dias 15 e 18 de março.

“O sistema educativo não está dizendo quando vamos voltar, mas o protocolo é para quando for possível voltar”, explica o presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE-GO), Flávio Roberto de Castro, que auxiliou na elaboração do documento. Ele defende que é preciso ter um preparo para o retorno, independente de quando ele aconteça.

O protocolo define o que a escola deve fazer caso haja algum estudante ou professor com sintomas de Covid-19. A família de ser avisada imediatamente e a comunidade escolar deve ser informada sobre o resultado do teste. Se for positivo, as aulas devem ser suspensas por dois ou cinco dias, até que seja definido pelas autoridades de saúde o que deve ser feito naquele caso.

Durante este período de suspensão das atividades, as áreas do colégio utilizadas pela pessoa com coronavírus devem ser desinfectadas. Se possível, o protocolo prevê que estes locais devem ser ventilados durante 24 horas antes da higienização. O prazo, de dois a cinco dias, é o período para dar tempo da Saúde se posicionar, explica Roberto de Castro.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, explica que o tempo de interdição de um estabelecimento quando se descobre um caso positivo depende de vários requisitos. “Quando você tem um caso, independente se é escola ou não (em empresas já têm protocolo), o tempo de interrupção vai depender se vai conseguir monitorar todo mundo, monitorar o que foi feito, uma série de requisitos, não é só fechar”, explica.

Flúvia afirma que uma equipe técnica vai analisar o protocolo feito pela Educação e um parecer deve ser apresentado na próxima semana. O parecer pode sugerir alterações, condutas e medidas de precaução. Será avaliado se ele está de acordo com protocolos internacionais, se é seguro e se é equivalente ao que é feito em outros países, segundo a superintendente.

Transporte
Vários pontos do protocolo, como o distanciamento entre estudantes (definido em 1,5 metro) e as aulas escalonadas, já foram adiantados por representantes da Educação em reportagens anteriores do POPULAR.

De acordo com o documento, estudantes devem manter distanciamento dentro dos ônibus e vans escolares, com lugar marcado no banco. Além disso, crianças com febre não devem embarcar. O interior do veículo, como bancos e cintos, deve ser higienizado a cada viagem.

Além de regras relacionadas à segurança para não propagar o vírus, o documento também tem normas para as áreas pedagógicas e administrativas. É definido, por exemplo, que as escolas devem fornecer cursos sobre uso de tecnologia e ensino híbrido (veja quadro).

O presidente do CEE-GO, que também é presidente do Sindicato de Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia (Sepe) defende que as escolas precisam saber com antecedência sobre a data de possível retorno das aulas para se prepararem.

“A gente tem pedido ao COE que se manifeste com antecedência. Isso traz maior tranquilidade para as famílias, escolas e evita especulações, angústia e ansiedade”, defende Flávio. “O único setor que cumpriu isolamento social 100% foi a Educação. É o segmento que mais ajudou na não disseminação do vírus, com certeza.”

Fonte: Jornal O Popular
 



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