SEMESG cobra do Governo Estadual pagamentos do Programa Bolsa Universitária
Mais de 200 mil alunos já concluíram curso superior através do programa Bolsa Universitária que é mantido pelo Governo Estadual através da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e com as participações das instituições privadas de ensino. Ao todo são 63 faculdades e universidades particulares na sua execução. Atualmente são 20 mil alunos beneficiados.
Foto: Regina Ster (SEMESG)
Entretanto, o programa de alto alcance social, está ameaçado de continuidade segundo o Presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Educação Superior de Goiás (SEMESG), Jorge de Jesus Bernardo. A afirmação foi feita durante uma entrevista coletiva ocasião em que relatou o que chamou de “verdadeiro caos” que vem enfrentando essas instituições devido ao não pagamento feito pelo Estado. Já estão se completando seis meses em atraso (fevereiro, março, abril, junho, agosto e setembro) totalizando uma dívida que ultrapassa os R$ 60 milhões.
Foto: Regina Ster (SEMESG)
“Desde o início estamos mantendo contatos e dialogando com o governo estadual e sempre com a promessa de quitação da dívida, mas nunca o compromisso foi cumprido. Lamentamos, mas não nos restou outra saída a não ser levar ao conhecimento da população e dos estudantes a triste situação e as possíveis consequências que poderão advir”, salientou. Uma dessas consequências poderá ser a não continuidade do programa no ano que vem o que fatalmente deixará milhares de alunos, com baixo poder aquisitivo, fora das salas de aula, interrompendo seus cursos. “Isso seria lastimável e inaceitável, provocando um sério problema social”.
O atraso nos pagamentos vem colocando em risco o pleno funcionamento das instituições de menor porte, as quais são as mais afetadas financeiramente quanto ao cumprimento de seus compromissos como o pagamento de salários de trabalhadores, dentre outros.
Segundo o presidente do SEMESG “até o final do ano as instituições vão garantir a execução do programa, sem qualquer prejuízo para os alunos beneficiados, mas a partir do ano que vem tudo vai depender do futuro governo. Esperamos que o futuro governo, quem quer que seja, inclua em seu plano a manutenção do benefício que não é um Programa de governo, mas sim de Estado, e um dos mais importantes do país no setor educacional”.
Outro agravante refere-se ao fato do Governo Estadual se comprometer em repassar as instituição e, por sua vez elas repassarem para os alunos, os valores pagos pela matrícula. Até o momento não foi feito o repasse do mês de julho o que levou os alunos a promoverem um protesto.
A execução do Programa Bolsa Universitária ocorreu normalmente, sem problemas, até 2011. Entretanto durante o governo de Alcides Rodrigues as instituições privadas de ensino foram obrigadas a aceitar um acordo para o pagamento de uma dívida em 25 parcelas sob a ameaça de que, caso contrário, só receberiam través de precatórios.
Ouça na íntegra entrevista coletiva
Assessoria de Comunicação do SEMESG
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Dia 20/03/2024
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