Desafios do Ensino Superior

16/01/2013 23:18

No Brasil, são perversos os indicadores, e muito baixos os níveis de competitividade. Se temos 12,5% dos trabalhadores com formação superior completa, na Coreia do Sul e no Japão, os percentuais vão a 40% e a 45%, respectivamente. Em cada grupo de 100 mil habitantes, temos seis engenheiros, os EUA têm 24, o Japão, 25. Com imensos desafios em saneamento básico, temos 1,9 médicos por mil habitantes, a Alemanha, referência em prevenção de saúde, tem 3,6. Impossível que evoluam os indicadores do Ensino Superior no Brasil sem a mudança do foco do Estado, responsabilidade intransferível com a educação de nível médio. Temos apenas 47% de nossos trabalhadores com Ensino Médio completo, os EUA, 90%, o Japão, 96%. Se menos de 50% dos brasileiros entre 15 a 17 anos estão cursando o Ensino Médio, é porque muitos não saíram do Ensino Fundamental ou abandonaram seus estudos, envolveram-se com a criminalidade, as meninas, com a gravidez precoce.
O Ensino Médio tem que ser uma obsessão nacional, obsessão das famílias e das políticas públicas. Se o Estado não realizar avanços extraordinários na oferta e na qualificação do Ensino Médio, como avançar na formação superior? O Plano Nacional de Educação fracassou ao prever que, em 2007, o Brasil já teria 30% de seus jovens entre 18 e 24 anos em cursos superiores de graduação. Em 2012, o Brasil tinha cerca de 7 milhões de matrículas no Ensino Superior, o que equivale a apenas cerca de 3,5 % da população estimada. Não podemos continuar a jogar o futuro para o futuro. No passado, o Brasil sempre foi o país do futuro. Por que, no Brasil, continuamos incapazes de ser o que temos que ser? O que nos impede de termos 10 milhões de matrículas em Ensino Superior de excelência em 2015?
Por: Ruy Chaves, Diretor do Grupo Estácio de Ensino Superior
Fonte: Jornal do Comércio - RS, 11/01/2013

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