Como repensar o sistema de educação superior

30/10/2020 11:44

Como repensar o sistema de educação superior
REVISTA ENSINO SUPERIOR • 29 de outubro de 2020

Fonte da Notícia: REVISTA ENSINO SUPERIOR
Data da Publicação original: 28/10/2020
Publicado Originalmente em: https://revistaensinosuperior.com.br/repensar-educacao-superior/

repensar educação superior

Estar atento às transformações sociais e culturais futuras — o que inclui avanços tecnológicos — ter resiliência e oportunizar aos alunos o desenvolvimento de habilidades para que os mesmos tenham condições de lidarem com imprevistos são alguns dos principais pontos que mantenedores, gestores e educadores devem manter no radar e colocar em prática, uma vez que a pandemia intensificou a necessidade de ressignificar diversos setores, bem como o da educação superior.

Não à toa, resetar o modelo de educacional é o objetivo do 22º Fnesp — Fórum Nacional de Ensino Superior —, que organizado pelo Semesp de forma online teve início hoje, 27, e vai até 29.

“O grande desafio é preparar os nossos profissionais para as competências do século 21, que significa formar pessoas para desafios não previstos”, afirmou Maria Helena Guimarães de Castro, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE) na abertura do fórum.
Além do modelo tradicional de educação superior

Para Joaquín Guerra, vice-reitor acadêmico e de inovação educacional do Instituto Tecnológico de Monterrey, México, o qual é uma universidade privada sem fins lucrativos com mais de 10 mil professores e quase 290 mil ex-alunos, inovação só deve ser feita pensando em impactos para a aprendizagem: em novos modelos de ensino, novos modelos de pedagogia e espaços de aprendizagem. “Transformação requer repensar a forma de fazer educação e a forma de novos negócios e isso requer novos modelos e aí sim novas tecnologias. A tecnologia é um viabilizador”, defendeu durante o evento.

A transformação acadêmica e organizacional do Instituto Tecnológico de Monterrey começou há oito anos. O foco do modelo é a flexibilização do ensino. “E é também oferecer uma experiência memorável de aprendizagem, com corpo docente inspirador, mentores professores que viajam na jornada do aluno buscando ajudar a aprender e não sendo possuidores de conhecimento. Eles ajudam a aplicar conhecimento para o aluno solucionar problemas”, disse.

É uma experiência de aprendizagem personalizada que quebra com a linha de produção industrial por entender que as pessoas não aprendem da mesma forma. “Temos alunos do século 21, corpo docente do século 20 e modelo e infraestrutura do século 19”, criticou Joaquín Guerra e cuja sua instituição está rompendo esses modelos tradicionais que já não dialogam mais com a necessidade presente e tão pouco do futuro.

Joaquín Guerra destacou ainda que ao enfrentar a mudança em uma instituição de educação superior é comum se deparar com resistência de alguns colaboradores, segundo ele, é da tradição questionar e se opor à mudança. “Só que quando a liderança é clara e consegue compartilhar com o corpo docente e partes interessadas, o processo é mais fácil. O importante é não perder o foco de onde se quer chegar”, concluiu.
Na linguagem da geração futura

“Somos uma empresa de educação digital”, define Daniel Pedrino, CEO da Faculdade Descomplica, que nasceu startup em 2011 como um ambiente virtual de aprendizagem e cujos seus cursos são acessados por milhões de jovens mensalmente. Este ano, no início da pandemia, foi lançada como faculdade.

“A gente pensa a educação não para a nossa geração, que é de transição, mas para uma geração nova e acreditamos em um modelo de interação para o processo de aprendizagem”, explicou no evento online.

A Descomplica se preocupa com a apresentação, em como o curso será entregue ao aluno. Tanto que investem em treinamento para o professor saber interagir com a câmera e em como chamar a atenção do aluno na tela. Outro diferencial é o “roteiro”. Em uma aula de conceitos físicos, por exemplo, um professor pulou de paraquedas e durante as etapas até saltar foi falando de conceitos e ensinando os alunos

“Buscamos falar na linguagem do aluno e para isso o conteúdo precisa estar alinhado. Não adianta oferecer uma aula com o professor só falando e falando”, criticou.
 



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