À caça de cursos superiores irregulares

03/05/2018 10:41

À caça de cursos superiores irregulares

Comissão Parlamentar de Inquérito ouve relatos estarrecedores sobre cursos superiores que não têm condição de funcionamento e lesam alunos


Por Redação - 27 de Abril de 2018

Deputado Talles Barreto, presidente da CPI das Universidades: "nada ficará sem ser apurado"

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Assembleia Legislativa de Goiás promete esmiuçar a vida de cursos de graduação e pós-graduação em funcionamento em Goiás. Sob a presidência do deputado Talles Barreto (PSDB) e relatoria do deputado Simeyzon Silveira (PSD) os trabalhos já estão em pleno vigor com oitiva de testemunhas e depoimentos de pessoas ligadas ao tema.
Na última quarta-feira os deputados ouviram o diretor da Faculdade de Piracanjuba (FAP), Milton Justus, o vereador do município de Mara Rosa, Clemingos Correia; e o diretor da Faculdade Padrão, Adriano Valotto. “Queremos levantar todas as denúncias e apurar a veracidade para não cometermos nenhuma injustiça, mas não podemos permitir que a população seja lesada por cursos irregulares em funcionamento em Goiás”, asseverou Talles Barreto.
O vereador Clemingos Correia prestou depoimento como vítima da má fé da Faculdade Gamaliel (Fagama), com sede em Niquelândia, que enganou por três anos (no período entre julho de 2013 e junho de 2016), uma turma de cerca de 20 pessoas no município de Mara Rosa. A frustração dele e dos colegas veio quando, ao concluírem o curso semipresencial de licenciatura em Educação Física, não receberam o diploma.
Segundo o vereador, a instituição de ensino usava a estrutura física da prefeitura de Mara Rosa para realizar o curso, que custava mensalmente R$ 240,00. Conforme o depoente, o advogado contratado para representar os interesses do grupo informou que uma mulher de nome “Cida”, envolvida na fraude, se encontra em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.
Último a depor nesta terceira oitiva, Adriano Valotto foi questionado a respeito de outros institutos de ensino que estariam comercializando de forma irregular cursos em parceria com a Faculdade Padrão. O diretor afirmou que a Padrão não realiza parceria com nenhuma outra instituição e que não autoriza o uso da marca para emissão de certificados, diplomas e qualquer outro serviço.
O Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de Goiás acompanha os trabalhos fornecendo subsídios e informações sobre instituições e cursos em funcionamento em Goiás.
O relator da CPI, deputado Simeyzon disse que se for necessário poderá pedir a quebra do sigilo bancário e fiscal de instituições envolvidas ou suspeitas de atuar ilegalmente em Goiás oferecendo cursos superiores sem a devida autorização do MEC. Talles Barreto também frisou que nada ficará sem ser apurado: “o trabalho da CPI será de depurar esses cursos que estão em funcionamento e que não poderiam porque o prejuízo causado para a população é muito grande, além de provocar também um descrédito nas autoridades e instituições”, finalizou.
Por Hélmiton Prateado
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