Boletim VIII Fórum de Educação Superior do Estado de Goiás

16/05/2017 10:54

 
Representantes MEC participam do Fórum da Educação Superior promovido pelo SEMESG

 
Reflexões, análises e soluções aos problemas enfrentados pelas Instituições de Ensino Superior públicas e privadas precisam ser realizadas constantemente para a melhoria da performance das Instituições de Ensino Superior (IES).
Com esse objetivo, o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Educação Superior do Estado de Goiás (SEMESG) promoveu nos dias 26 e 27 de abril, o VIII Fórum da Educação Superior do Estado de Goiás, com o tema “O Reflexo das Mudanças do Financiamento e Avaliação na Educação Superior no Brasil”, no Auditório do Conselho Regional de Corretores de Imóveis - 5ª Região – CRECI-GO, em Goiânia. A abertura do evento contou com a apresentação do Coral Ciranda das Artes, sob a regência do maestro Cardoso Filho.


Coral Ciranda da Arte - Foto: Wesley Cruz/PUCGO
 
Desde sua criação, esses encontros ampliaram a rede de relacionamento do SEMESG, IES e MEC, propiciando networking e troca de experiências entre os diversos dirigentes das IES. “Essa foi mais uma oportunidade de nos informarmos sobre o presente e o futuro da educação superior no Brasil, e ainda nos atualizarmos sobre as perspectivas da avaliação, conhecermos as inovações e os desafios da política regulatória, além de prevermos os rumos do financiamento estudantil”, disse o presidente do SEMESG, Jorge de Jesus Bernardo.

Jorge de Jesus Bernardo/SEMESG - Foto: Wesley Cruz/PUCGO
 
Este é o maior evento da categoria do Centro-Oeste que reúne mantenedores, gestores, integrantes da Comissão Própria de Avaliação (CPA) e pesquisadores institucionais das IES Públicas e Privadas. E nesta edição, em especial, o Fórum contou com a participação dos principais gestores do MEC, por meio do Inep, Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação (FNDE), Conselho Nacional de Educação (CNE), Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (SERES) e Secretaria de Educação Superior (SESu).
Durante a abertura do evento, o presidente do CRECI-GO, Oscar Hugo Guimarães, destacou a importância da discussão constante em prol do conhecimento e que apoia eventos semelhantes que buscam a excelência e a qualidade do ensino.

Oscar Hugo Guimarães/CRECIGO - Foto: Wesley Cruz/PUCGO
 
A presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE-GO), Maria Ester Galvão de Carvalho, afirmou que é um bônus para Goiás receber grandes presenças, “num franco exercício do regime de colaboração que deve permear o cenário nacional”.

 Maria Ester Galvão de Carvalho/CEEGO - Foto: Wesley Cruz/PUCGO
 
Para o diretor da UniCEUB e presidente da Federação Interestadual dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Centro-Oeste (FIEPE-CO), João Herculino Lopes Filho, a educação é a única atividade para resgatar o Brasil. “Não tenho medo da economia e não estou desconhecendo a crise, mas temos uma economia pujante e que vai crescer. Mas minha preocupação é a educação. Sem essa junção de forças, como fazemos aqui, não sairemos do atraso”, enfatizou.

João Herculino Lopes Filho/FIEPE-CO Foto: Valdemir/FAN
 
O conselheiro do Conselho Nacional de Educação, Gilberto Gonçalves Garcia, participou do evento pela sexta vez e parabenizou o entusiasmo do SEMESG em prol da educação. “Não vejo outros sindicatos pelo Brasil, senão o SEMESP – se referindo ao sindicato de São Paulo – que trabalham com tanto afinco visando a qualidade e a excelência do ensino superior do País”, disse.

Gilberto Gonçalves Garcia/CNE -  Foto: Valdemir/FAN
 
Governador Marconi Perillo enviou mensagem aos participantes do Fórum por meio do diretor da FAPEG
 
Durante a abertura do VIII Fórum da Educação Superior do Estado de Goiás, que aconteceu na manhã do dia 26 de abril, o diretor Científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG), Albenones José de Mesquita, representou o governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo.

Albenones José de Mesquita/FAPEG - Foto: Wesley Cruz/PUCGO
 
O discurso do governador, apresentado pelo diretor Científico, ressaltou: “Pensemos os vinte anos de uma geração como tempo razoável para manutenção de um projeto educacional. Desta forma, estamos colhendo hoje o fruto de uma experiência que foi lançada em Goiás no final dos anos 90, com a Bolsa Universitária.
Desde então, projetos semelhantes, bancados por estados e municípios foram criados. Criou-se também o Prouni, em nível federal. A disseminação desse processo gerou a democratização do acesso ao Ensino Superior a uma parte da população antes impedida, por impossibilidade financeira.
Na prática, do ponto de vista de possibilidade de acesso ao ensino superior, findou-se a distinção entre as formas de financiamento público. Se direto do Estado às instituições públicas, ou se pela concessão de bolsas às instituições privadas.
De fato, o que se experimenta desde então, de forma cada vez mais aprimorada, é a possibilidade de democratizar o acesso ao ensino superior no Brasil, aproveitando as peculiaridades de cada sistema.
De um lado, por exemplo, uma vocação mais acentuada ao academicismo na esfera pública, e uma maior adaptação às necessidades do mercado de trabalho, na iniciativa privada. Sem que uma ou outra descuide do que mais importa: a qualidade do ensino e a otimização do processo ensino-aprendizagem.
O fato é que, sem a inflexão massiva das bolsas, difícil seria pensar em atos conjuntos como este hoje, onde o setor privado e o público sentam-se em um Fórum, para discutir juntos estratégias de como lidar com seus problemas comuns. Por exemplo, diante das avaliações. Ou de como adaptar-se a novas conjunturas, como a Reforma do Ensino Médio e as linhas de formação dos novos professores que nele atuarão.
De modo que ao saudar os participantes deste Fórum Nacional conjunto das instituições de ensino superior públicas e privadas, em Goiás, desejo a todos o máximo de proveito, em nome do governador e da FAPEG.
Para enriquecer ainda mais a qualidade dos temas, em torno dos reflexos das mudanças no financiamento do ensino, e das avaliações sistêmicas, os participantes contam com a expertise e a sabedoria de alguns dos melhores quadros em atuação no Brasil, como é o exemplo da professora Maria Inês Fini, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Certeza de que a meta de qualidade de ensino no Brasil, com reflexo na qualidade de vida dos brasileiros, estará melhor ao final deste encontro.
Parabéns a todos, recebam o abraço do governador Marconi Perillo e sucesso em suas jornadas. ”
Além do diretor Científico, a diretora de Gestão, Planejamento e Finanças, Sandra Cristine do Espírito Santo Gabriel, também registrou presença no evento.
 
Presidente do Inep ministra Palestra Magna durante Fórum do SEMESG
 
Entre os objetivos principais do VIII Fórum da Educação Superior do Estado de Goiás estão, proporcionar reflexões e identificar possíveis soluções para os problemas enfrentados pelas Instituições de Ensino Superior (IES), socializar informações que contribuam para a melhoria da performance das IES e fornecer subsídios ao Ministério da Educação (MEC) para a adequação do Sistema da Educação Superior à realidade das Instituições. Além disso, outros objetivos são analisar os processos de avaliação das IES dos Sistemas Estaduais de Educação e aprimorar o regime de colaboração entre os Conselhos Estaduais de Educação e o MEC.
Por essa razão, a palestra magna, escolhida para a abertura do evento, no dia 26 de abril, foi ministrada pela presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, que trouxe o tema “Perspectivas da Avaliação na Educação Superior”.


Maria Inês Fini/INEP - Foto: Valdemir/FAN
 
Segundo ela, o Ministro da Educação, Mendonça Filho, tem convocado que todas as instituições de ensino superior trabalhe em parceria para debater e discutir os rumos da educação. “Este tipo de evento amadurece o ensino, que de fato precisa de ajuste e reforma”, ressaltou.
Ainda de acordo com ela, há 136 mil vagas ociosas no ensino superior público e é preciso analisar o que está ocorrendo. Neste sentido, ela abordou os aspectos estruturais da avaliação do ensino superior, os principais desafios e perspectivas para o futuro. “A avaliação do ensino superior completa quase 20 anos de existência e os ciclos foram cada vez mais se aprimorando, em diferentes gestões do MEC e chegou a hora da maturidade. Está na hora de revermos, assimilarmos as críticas da sociedade e incorporar benefícios e melhorias para o sistema”, disse, ressaltando que a instituição é dinâmica e a avaliação tem a finalidade de melhorar a qualidade, identificar o mérito e o valor, além de promover a responsabilidade social.
Para a vice-reitora da PUC Goiás, Olga Ronchi, o Fórum tem sido um momento de diálogo, afirmando que é preciso aprofundar o debate com o Inep para que as IES tenham condições plenas para a qualidade da educação. “Acredito que temos que ter instrumentos mais adequados para avaliar as instituições de ensino superior particulares, já que representamos cerca de 75% das IES no País, pois os atuais estão adaptados apenas para as IES públicas”.



Olga Ronchi/PUC-Maria Inês/INEP - Foto: Regina/SEMESG
 
Nessa mesma linha, o diretor acadêmico do CESUC, Paulo Antônio Lima, apontou que inúmeras são as questões que provocam as instituições de ensino superior neste tipo de debate. “Buscamos a excelência. Não estamos conformados com a situação de regular – se referindo a nota 3 – mas nos deparamos com uma série de inconformidades com os critérios que somos avaliados”, pontuou.


 

Paulo Antônio Lima/CESUC - Foto: Valdemir/FAN
 
Maria Inês frisou que o padrão de qualidade deve existir, seja onde for, e reforçou que o que pesa na avaliação é o currículo. “Iniciativas que incrementem o qualidade devem ser reconhecidas. Apesar de termos herdado administrações anteriores, queremos celeridade nos processos. Minha bandeira na educação é conectividade, porque o universo da informação é transformá-la em conhecimento”, finalizou.



Maria Inês Fini/INEP - Foto: Valdemir/FAN
 
Fórum traz o debates dentro do contexto do reflexo das mudanças do financiamento e avaliação na educação superior no Brasil
 
Apesar do crescimento percebido na última década, a Educação Superior apresentou queda no número de ingressantes nos últimos dois anos, tendo portanto, as instituições educacionais que se reorganizar quanto aos métodos de captação de alunos.
O novo Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) trouxe um alento à captação de alunos, entre 2011 e 2014, mas após isso, com as restrições do governo ao FIES e a crise política e econômica, o impacto foi e ainda vem sendo percebido no segmento.
Durante o VIII Fórum da Educação Superior do Estado de Goiás, o sócio e coordenador da área de consultoria da Hoper Educação, Caio Polizel, apresentou que algumas IES brasileiras vem buscando alinhar suas metodologias de ensino com as melhores práticas do mundo, e é crescente o número de instituições que colocam em seu cotidiano modelos de ensino e aprendizagem que vão além dos métodos antigos, fortalecendo o blended learning e incorporando soluções conhecidas como metodologias ativas de aprendizagem.

 Caio Polizel/HOPER - Foto: Valdemir/FAN
 
Com base nas novas metodologias utilizadas, e no que a Hoper nomeia de Ecossistema Educacional, as instituições abrem mão apenas do modelo convencional para um processo cada vez mais prático e aplicado ao dia a dia do estudante (futuro profissional). “No entanto, utilizamos praticamente desde a criação da Hoper, 20 anos atrás, a expressão ‘qualidade com sustentabilidade’, possibilitando que a IES consiga manter profissionais de ponta, que farão a diferença com seus alunos, mas que consiga adequar seus resultados internos, possibilitando cada vez mais reinvestir em tecnologia, infraestrutura e capacitação”, frisa.
No que se refere ao Ecossistema Educacional, Polizel abordou em sua palestra “Presente e Futuro da Educação Superior no Brasil” as práticas das IES quanto a atuação junto aos alunos das atuais gerações, muito diferentes em suas necessidades e prioridades. A tecnologia, a inteligência artificial e a realidade aumentada trarão mudanças significativas às instituições educacionais, e o diferencial será àqueles que estiverem preparados para isso.
Ele assegura que apesar não ser possível fazer uma previsão exata de que rumos a educação está tomando, certamente existem pistas que devem ser minimamente levadas em conta. “O fato é que o setor está se consolidando e as pequenas e médias IES precisam se preparar para isso, adequando seus processos, ganhando sinergia entre as modalidades de ensino (Presencial e EAD), profissionalizando cada vez mais sua gestão e modificando/adaptando seus métodos de ensino e aprendizagem para os ‘novos alunos’”, alerta.
Para o diretor presidente da CM Consultoria Administrativa, Carlos Monteiro, é preciso ir muito mais além. “Temos que mexer no coração e na mente do aluno para construir uma relação de amor e respeito. E é aí que se encaixa a mudança de pagamento, pois o grande desafio que temos é mudar a cultura interna das instituições”, afirma, apontando que o setor apresenta novidades para aqueles que entendem a educação como investimento.

 

Carlos Monteiro/CM Consultoria - Foto: Valdemir/FAN
 
Monteiro assegura que a qualidade é apenas o ingresso para as IES entrarem no jogo. “Conceito 3 todo mundo é. Porém, ninguém percebe que temos um tremendo valor agregado quando recebemos alunos conceito 1 e o transformamos, devolvendo para o mercado de trabalho conceito 3. Isso é valor e amor próprios”, ressalta, enfatizando que o financiamento universitário é o que vai manter as IES vivas, seja ela qual for.
O diretor de políticas e programas de graduação da Educação (DIPES/SESU), Vicente de Paula Almeida Junior, afirmou que o sistema do FIES tem um desenho financeiro complexo, de grande porte e escala de tempo de renovação muito longa, portanto sujeito a muitas incertezas.
Porém, segundo ele, “a educação se propõe a formar, dar e colocar forma àquilo que precisa ser lapidado e essa formação também tem seu lado social e o bem estar da pessoa. A esperança é que o novo FIES traga condições para que as IES continuem com o seu papel de educar”.

 

Vicente de Paula Almeida Junior/SESu -  Foto: Valdemir/FAN

É notório que a educação superior se expandiu consideravelmente nos últimos anos. Com isso foi necessário evoluir e acompanhar as mudanças que ocorrem a todo momento e com os sistemas de regulação e de avaliação não foram diferentes.
Durante a explanação da diretora da DIREG/SERES/MEC, Patrícia Vilas Boas, em que expos a “Diretoria de Regulação da Educação Superior: Estrutura, Arranjos e Fluxos Processuais”, ficou claro o quanto é preciso avançar. Ela apresentou que há cerca de duas mil IES no Brasil e aproximadamente 10 mil processos na DIREG/SERES. “É necessário fazer também uma análise crítica sobre esse volume de processos”, pontuou, destacando que a grande novidade deste ano é a digitalização: livros e bibliotecas virtuais vão entrar também na avaliação.

 

Patrícia Vilas Boas/MEC/SERES - Foto: Wesley Cruz/PUCGO
 
Na visão do reitor do Centro Universitário Alves Faria, Nelson de Carvalho Filho, “é preciso criar um movimento para se colocar em prática aquilo que foi apresentado como intenção na edição anterior”.

Italo de Lima Machado/SENAI-Nelson de Carvalho/UNIALFA - Patrícia Vilas Boas/MEC/SERES - Foto:Wesley Cruz/PUCGO
 
Mudanças rápidas e profundas aconteceram no sistema educacional. Portarias e atos regulatórios causaram grandes impactos com tamanhas consequências. “De fato, vemos com dores e alegrias esses novos dados que eram ditos em tempos diferentes. E as instituições tem algo mais relevante e seria bom que a regulação avaliasse isso também, aquilo que seja melhor e diferenciado, que contribua com o aspecto econômico e social do País”, afirmou o reitor da PUC-Goiás, Wolmir Therezio Amado, se referindo ao exemplo da casa dos estudantes. “Vejo que há perdas quando o sistema todo não é contemplado. Do ponto de vista organizacional do MEC, a SERES fraciona essa interlocução”, afirmou.

Olga Ronchi/PUC - Wolmir Amado/PUC -  Foto:Wesley Cruz/PUCGO
 
Quando o assunto é ensino à distância, atualmente cerca de 25 por cento das matrículas do ensino superior são nesta modalidade e a expectativa é que esta fatia possa alcançar 40 a 45 por cento nos próximos anos.
Dentro desta perspectiva, a coordenadora geral de Regulação da Educação Superior (SERES), Joana Darc de Castro Riberio, trouxe o assunto “Marco Regulatório do EAD”, onde apontou como estão os processos concluídos e em trâmites das IES que oferecem essa modalidade de ensino. “O ensino à distância no Brasil aparece como alternativa que oferece flexibilidade aos estudantes e margens maiores para as companhias de educação, que investem em novos polos e cursos”, disse.

 

Joana Darc de Castro Riberio/MEC/SERES - Foto: Valdemir/FAN
 
De acordo com a análise do diretor acadêmico nacional da Associação Brasileira de Ensino a Distância (ABED), Janes Fidélis Tomelin, a modalidade ganhou força com a popularização da banda larga no País, e agora uma nova geração de jovens nascidos em um ambiente cem por cento digital abre novas perspectivas. “A tendência é o número de alunos dobrar nos próximos cinco anos”, enfatiza Tomelin.


Iara Barreto/FANAP-Janes Tomelin/ABED-Joana Darc/MEC-Danilho Magalhães/UniAnhanguera - Foto: Valdemir/FAN

Extrato da mantenedora é lançado pelo FNDE durante Fórum do SEMESG em Goiás


Durante a realização do VIII Fórum da Educação Superior do Estado de Goiás, realizado pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Educação Superior do Estado de Goiás (SEMESG) o diretor de Gestão de Fundos e Benefícios (DIGEF) do Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação (FNDE), Pedro Antonio Estrella Pedrosa, anunciou o lançamento do extrato da mantenedora, no dia 27 de abril, uma demanda antiga das instituições de ensino superior.

Pedro Antonio Estrella Pedrosa/FNDE - Wagmar Alves/PUCGO
 
Segundo ele, o FNDE vem fazendo um diagnóstico para remodelar o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), tendo em mente que o programa é essencial para a educação no País. “Em nenhum momento falou-se em acabar com o programa. O que se pretende é dar uma nova roupagem para que atinja um nível de financeiramente sustentável”, afirmou.
Ele pontuou também que o pilar do novo modelo do FIES está sustentado na governança, na sustentabilidade financeira e na transparência. Por essa razão, o acesso ao extrato na página do FNDE facilitará o dia a dia do gestor financeiro das IES. “É claro que trata-se de uma primeira versão, mas sugestões e críticas serão benvindas para manter uma melhoria constante”, disse Pedro.
De acordo com o presidente do SEMESG, Jorge de Jesus Bernardo, o acesso ao extrato é um grande ganho para o segmento. “Visto que existe ainda nas IES um grande problema de gestão por não saber número de contratos, valores e alunos exatos, detalhadamente”, explicou.
Ainda, conforme afirmação de Pedro Pedrosa, a ideia do FNDE com a lançamento do extrato é colocar em prática uma previsibilidade do gasto, com vistas de recuperar a austeridade financeira e começar a aumentar a oferta de vagas nos próximos anos, voltar a retomada do número de estudantes.
O Brasil tem seu merecido reconhecimento quando o assunto é o sistema de avaliação no ensino superior. São mais de oito milhões de alunos no segmento, porém, ainda assim há o que ser melhorado, principalmente no que diz respeito ao aprimoramento dos processos de avaliação.
Conforme expos o diretor de Avaliação da Educação Superior (DAES/INEP/MEC), Rui Barbosa Brito Junior, em sua palestra “Avaliação da Educação Superior Brasileira: contextualização, desafios e perspectivas”, os processos instaurados vem avançando no sentido de promover uma cultura avaliativa nos cursos e IES, em processo permanente de reflexão e questionamento, por meio da integração de instrumentos e da participação dos diversos atores institucionais e para além da mera prestação de contas e responsabilização de órgãos, setores e pessoas.


Rui Barbosa Brito Junior/INEP - Foto: Wagmar Alves/PUCGO
 
Segundo ele, o Brasil ainda não tem uma cultura auto avaliativa, apesar da cultura de avaliação. Estudos preliminares apontam que o resultado do Enade de 2015 dos principais cursos de Administração, por exemplo, apresentaram resultado dos cursos presenciais semelhantes ao EAD. “É preciso mudar o jeito de avaliar. Porém, não podemos esquecer que a avaliação induz a qualidade, serve de regulação, formativa, processual, emancipatória. Temos que ver também os benefícios”, finalizou.
 
Naiara Gonçalves
Assessora de Imprensa
 

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