Faculdades buscam parcerias para alunos

09/04/2015 08:47

Faculdades buscam parcerias para alunos

Após mudança de regras do Fies, instituições têm procurado financeiras para evitar evasão de universitários

Em uma tentativa de evitar a evasão de alunos após as mudanças no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa do governo federal, as universidades privadas de Goiás buscam alternativas para os universitários que não conseguem arcar com o valor das mensalidades. A nova regra do Fies, que exige nota mínima no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para novos contratos, passou a valer em 30 de março. O aluno precisa ter média acima de 450 pontos na prova objetiva e não ter zerado a redação para obter o financiamento.
Além das novas regras, o presidente do Sindicato das Mantenedoras dos Estabelecimentos de Educação Superior do Estado de Goiás (Semesg), Jorge de Jesus Bernardo, diz que muitos alunos aptos ao financiamento ainda não conseguiram realizar o cadastro e a única justificativa apresentada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) é o congestionamento do sistema. O prazo final é 30 de abril. “Esperamos uma redução no número de alunos para o próximo semestre, já que muitos alunos não conseguirão arcar com a mensalidade. Muitas instituições estão buscando parcerias junto as instituições financeiras para a redução de juros dos programas de financiamento estudantil.”

De acordo com Bernardo, a orientação dada pelo Semesg é para que as instituições devolvam o valor investido na matrícula para aqueles alunos que não conseguirem o financiamento junto ao governo.

O FNDE reforçou que, apesar do grande número de acessos simultâneos no sistema, os estudantes têm conseguido realizar aditamentos e novas inscrições. Ao todo,1,4 milhão de contratos foram aditados (de um total de 1,9 milhão), além de aproximadamente 210 mil novos contratos.

Crédito


A Estácio vai subsidiar os estudantes de cursos de graduação de Goiânia que não conseguiram financiamento do programa Fies em função das restrições impostas pelo governo federal. Com a parceria fechada com a Ideal Invest, gestora do crédito universitário PraValer, os alunos poderão pagar mensalmente o equivalente a 50% da mensalidade. O restante será pago em até o dobro do tempo do período do curso. Ou seja, um curso de 4 anos, por exemplo, pode ser pago em 8 anos.

O diretor comercial do grupo Estácio, George Neiva, explica que a parceria já existia, mas que o produto com o subsídio integral foi pensado neste ano, após o relato das dificuldades enfrentadas no sistema do Fies, e tem gerado respostas positivas entre os matriculados. “Em três semanas, mais de 10 mil alunos mostraram interesse. Conter a evasão será consequência. É um serviço de valor agregado, que vai tornar o nosso cliente ainda mais fiel”, avalia.

De acordo com o diretor de marketing da Ideal Invest, Rafael Baddini, apesar do crédito estudantil existir desde 2006, o número de parcerias com as universidades particulares cresceu após as novas regras do Fies. Com o PraValer, as instituições podem subsidiar integralmente ou parcialmente os juros do financiamento, restando de 0 a 1,35% ao mês para o universitário. “Algumas instituições de Goiás já nos procuraram”, conta.

Privado


Estudantes também podem recorrer ao financiamento bancário universitário. Algumas instituições oferecem crédito para alunos de universidades associadas. Nesse caso, as taxas de juros são superiores. A do Bradesco, por exemplo, é de no mínimo 1,2% ao mês, de acordo com o convênio entre o banco e universidade. A do Itaú varia de 7% a 8% ao ano.

 

Fonte: Jornal O Popular 08.04.2015 por Janda Nayara
 

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